terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por uma Slow Science

Ontem caiu em minha caixa de correio uma mensagem originada do Prof. Dr. Silvio Gallo, da UNICAMP, sobre um Manifesto internacional a respeito da vida acadêmica e da produção do conhecimento científico.
Ele dizia:

Colegas,
Está online um Manifesto por uma "Slow Science", fazendo a crítica a esta "Fast Science" a qual estamos submetidos, que privilegia a quantidade em detrimento da qualidade. O movimento tem origem em universidades francesas, mas quando lemos o manifesto reconhecemos esse processo global ao qual estamos todos submetidos. O manifesto pode ser conhecido - e assinado - através dos endereços: em francês - http://slowscience.fr/ e em inglês - http://slowscience.fr/?page_id=43

Prof. Dr. Sílvio Gallo
Departamento de Filosofia e História da Educação
Faculdade de Educação - UNICAMP

Foi como colírio para meus olhos. Há bastante tempo venho questionando esta pressa virulenta que assola os espaços universitários. Tenho falado para as paredes que essa gente está se matando pra fazer coisas questionáveis em termos de ciência. Tenho dito que não sei se temos feito ciência na unviversidade. Temos pautado as ações por quantidade, por projetos que não são executados plenamente porque não passam de projeções que não se efetivam com qualidade. Temos incentivado nossos alunos a fazerem o mesmo e visamos o preenchimento da Plataforma Lattes como referência condutora da produção científica e artístico-cultural, absurdamente. A Fast science toma conta como paradigma único de construção do conhecimento.
É um fenômeno observável ao andarmos pelo campus. Todos andam apressadamente como se faltasse o tempo, como se andassem sempre atrasados para alguma coisa. Não há mais conversas, porque não podem parar. Nunca estão no lugar certo, sempre precisam estar em outro lugar que não aquele do presente.
As pessoas vivem como se o mundo estivesse fungindo-lhes da percepção. Não conseguem mais ver o mundo, ver as coisas, ver as outras pessoas, ver a sim mesmos.
O mais absurdo é que no mesmo meio onde se deveria fazer ciência bem pensada, refletida, aprofundada para que seus resultados fossem confiáveis, estamos também formando profissionais para a sociedade. Estamos ajudando a formar uma fast society. Como resolver isto? Fazendo parte dos movimentos que se rebelam contra esta fast racionalidade produtivista do faz de conta que se faz ciência, do faz de conta que se ensina e que se aprende.
Já entrei no site e assinei o manifesto.
Faça isto você também.

domingo, 30 de outubro de 2011

PESQUISA NO BOLAXA

Estamos iniciando pesquisa sobre a comunidade do Bolaxa.
Em 2012 faremos rodas de conversa para problematizações de questões referentes à vida cotidiana no bairro.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

EU MORO NO BOLAXA

Criei o blog http://eumoronobolaxa.blogspot.com para intensificar o contato com a comunidade local, onde moro, e escrever sobre o Bolaxa e seus moradores.
Pretendo contribuir para a identificação dos moradores como uma comunidade e escrever sobre suas histórias de vidas. Fazendo isto, resgatarei também a história do lugar.
Divulgue este blog. É para moradores e aliados para a preservação da beleza do lugar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

OFICINA DA MANDALA REFLEXIVA

A professora Virginia vai oferecer uma oficina da Mandala Reflexiva [modelo conceitual para investigação socioambiental]
Inscrições pelo email lapisfurg@gmail.com .
Dia: 13/10
Horário: das 8:30 as 12:00h.
Local: Sala B14, Anexo do Pavilhão 4, Campus Carreiros, FURG.
Vagas: 5
Inscrições encerradas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Descoberta de brasileiros pode ajudar a reciclar CO2

Com informações da Agência Fapesp - 05/09/2011

CO2 no lugar certo

A contribuição do excesso de emissão de dióxido de carbono (CO2) para as mudanças climáticas globais tem levado a comunidade científica a buscar formas mais eficientes para estocar e diminuir o lançamento do composto para a atmosfera.

Um novo estudo brasileiro abre o caminho para o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem capturar quimicamente o CO2 da atmosfera e convertê-lo em produtos que possam ser utilizados pela indústria química.

O trabalho dos pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente, poderá substituir reagentes altamente tóxicos, utilizados para fabricação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos, por "derivados" do dióxido de carbono capturado na atmosfera.


Pesquisadores da Unesp de Presidente Prudente descobriram molécula capaz de capturar o gás atmosférico e convertê-lo em compostos que poderão ser utilizados no futuro por indústrias químicas.[Imagem: González et al.]

Molécula DBN

O elemento essencial da descoberta está em uma molécula, denominada DBN, uma base orgânica nitrogenada cuja fórmula química é C7H12N2.

Os pesquisadores brasileiros demonstraram que a DBN é capaz de capturar o dióxido de carbono, formando compostos (carbamatos).

Posteriormente, ela pode liberar o CO2 seletivamente a temperaturas moderadas.

Dessa forma, a molécula poderá ser utilizada como modelo para pesquisas sobre a captura seletiva de dióxido de carbono de diversas misturas de gases.

"Essa descoberta abre perspectivas sobre como poderemos fazer com que o composto resultante da ligação da DBN com o dióxido de carbono se forme em maior quantidade. Para isso, temos que estudar possíveis modificações em moléculas que apresentem semelhanças estruturais e funcionais com a DBN para que o composto seja mais eficiente," disse Eduardo René Pérez González, principal autor do estudo.

Tratamento de doenças

De acordo com o professor da Unesp, já se sabia que a DBN é capaz de capturar dióxido de carbono na presença de água.

Por esse processo, a molécula retira um hidrogênio da água, ganha uma carga positiva (próton) e gera íons hidroxílicos (negativos) que atacam o dióxido de carbono, formando bicarbonatos.

Até então, entretanto, não se tinha demonstrado que o composto também é capaz de capturar CO2, formando carbamato, por meio de uma ligação nitrogênio-carbono tipo uretano, que tem relação direta com um processo biológico em que 10% do dióxido de carbono do organismo humano é transportado por moléculas nitrogenadas.

Em função disso, o processo também poderia ser utilizado para o tratamento de determinadas doenças relacionadas com a quantidade de CO2 e seu transporte no organismo.

"Essa descoberta nos leva a pensar que também poderíamos utilizar esse trabalho para fins bioquímicos, tentando, por exemplo, melhorar esse processo para tratamento de doenças relacionadas à concentração de dióxido de carbono nas células e alguns tecidos, como o pulmonar", disse González.

Uso industrial do CO2

Já na área industrial, os carbamatos - como, por exemplo, poliuretanas - derivados da captura de dióxido de carbono pela molécula DBN poderiam substituir tecnologias que utilizam reagentes altamente tóxicos, como o fosgênio, para preparação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos e em outras aplicações industriais.

"A possibilidade de se utilizar o dióxido de carbono para construir ou sintetizar moléculas que contêm o agrupamento carbonílico, sem a necessidade de se usar fosgênio ou isocianatos, representaria uma grande vantagem", disse o pesquisador.

Bibliografia:

A comparative solid state 13C NMR and thermal study of CO2 capture by amidines PMDBD and DBN
Fernanda Stuani Pereira, Deuber Lincon da Silva Agostini, Rafael Dias do Espírito Santo, Eduardo Ribeiro deAzevedo, Tito José Bonagamba, Aldo Eloizo Job, Eduardo René Pérez González
Green Chemistry
Vol.: 2011, 13, 2146-2153
DOI: 10.1039/C1GC15457E
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=reciclar-dioxido-carbono-co2&id=010125110905&ebol=sim#Imprimir

terça-feira, 26 de julho de 2011

Petição Pública Brasil

Aí pessoal, vai uma dica para intervenções concretas.
Podemos acessar o site http://www.peticaopublica.com.br/Default.aspx para incluir petições, além de assinar as já existentes de nossa preferência.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

LAPIS II só em 2012

Oi pessoal,

Após avaliar o que foi comentado no encontro do dia 30 de junho e pelo que foi enviado por escrito a respeito da metodologia adotada na disciplina LAPIS I, concluí que preciso trabalhar a disciplina mais um semestre pelo menos para chegar ao LAPIS II. Tenho agregado ao que vocês comentaram também as minhas impressões e vejo que isto merece uma reflexão mais atenta.

Por isso, não oferecerei a LAPIS II no segundo semestre de 2011, mas após mais uma experiência com a LAPIS I em 2012.

Estarei trabalhando na sistematização da aplicação da Mandala Reflexiva de forma mais didática com material escrito mais convincente.

A avaliação de vocês foi muito importante para minha auto-avaliação.

No entanto, estou à disposição para a continuidade do trabalho que iniciamos, para levá-lo a uma publicação, independente da realização da disciplina. Afinal, é uma produção do laboratório, no qual estão registrados como participantes.

Podemos fazer isto de forma semipresencial.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Atenção prazo da auto-avaliação

Pessoal, lembro que o prazo fatal para o envio da auto-avaliação é dia 15/7.

O não envio delega somente a mim a avaliação final.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Avaliação da disciplina

Será realizada assim:

1. Sobre a metodologia adotada na disciplina: comentário no encontro do dia 30/06 e por escrito enviado por e-mail até 15/07.

2. Sobre a Mandala Reflexiva descritiva: enviada por e-mail até 15/07.

3. Sobre auto-avaliação: atribuir-se uma nota de A a E com justificativa de uma página, enviada por e-mail até 15/07.

Observação: manifeste sua intenção em cursar o LAPIS II, porque dependendo do número de interessados adiarei o oferecimento para o segundo semestre de 2012, sendo que no primeiro oferecerei normalmente o LAPIS I.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PROPOSTA DE TRABALHO PARA LAPIS II

Aí pessoal, vamos conversar sobre organização de um evento local para o segundo semestre, sem inscrição de trabalhos.
É apenas organização e execução de um encontro entre sujeitos específicos da FURG para tratar de uma questão específica que trataremos pessoalmente após eu embasar melhor o projeto.
Será realizado com os inscritos no LAPI II.

domingo, 12 de junho de 2011

Equipamentos para saída de campo

Atenção grupo, providenciem equipamentos de áudio-visual para cada grupo fazer saída de campo para fotografar/filmar os espaços/sujeitos envolvidos no problema de cada um, gravar entrevistas. Por favor, me ajudem a divulgar esta proposta.
Venham equipados para saída de campo no próximo encontro.
O LAPIS vai se espalhar pelo campus.

Mandalas em RECONSTRUÇÃO

É importante que o grupo perceba que a Mandala Reflexiva é o modelo conceitual que deu origem ao laboratório e que a insistência em construí-la várias vezes faz parte da proposta. A Mandala Reflexiva é um modelo conceitual e uma ferramenta para organizar as configurações do pensamento sistêmico e da resolução de problemas socioambientais.
Os diálogos dos encontros, quando da exposição de cada grupo, são para se contribuir com a refacção da mandala de cada problema identificado.
Reconheço que estes diálogos têm sido muito direcionados por mim, mas justifico que preciso interceder para esclarecer melhor como utilizar o modelo, pois não tivemos um tempo só pra isto. Esta é uma questão para ser reavaliada na metodologia da disciplina.
Outra questão importante é que este modelo conceitual, além de atender ao entendimento de Educação Ambiental numa abordagem sistêmica e da resolução de problemas socioambientais, ele é apresentado como proposta de operacionalização das buscas de novos paradigmas apontados como urgência e necessidade para a auto-análise da racionalidade vigente, isto é, para a auto-análise da maneira de pensar de cada pesquisador e dos envolvidos. Neste caso do pensador heurístico e seus sujeitos participantes.
Vejam que temos nesse processo Conteúdo e Forma tentando se reconhecer.
Sugiro mais uma vez que abandonem os modelos impostos pelos projetos de pesquisa institucionais e mergulhem na carona da Mandala para retorcer um pouco essas amarras paradigmáticas vigentes.
Confiem na desorganização que isto causa e na capacidade de vocês de reencontrarem os nexos de suas intenções. Elas estão lá, só precisam de ajuda para a auto-organização através da hierarquização dos sistemas de ações e objetos implicados.
Lápis e papel na mão, reescrevam e reescrevam até que possam dizer em poucas palavras afinal de contas o que estão ajudando a problematizar - o problema - e como vão fazer isto, evidenciando conteúdo e forma relevantes cientificamente. Lembrem que a proposta de resolução ainda não pode estar pronta se as questões anteriores não forem claras.

terça-feira, 31 de maio de 2011

As mandalas dos grupos

É o momento do aperfeiçoamento das mandalas dos grupos a cada rodada de exposição.
A atenção para este aperfeiçoamento pode dar mais visibilidade não só ao problema tratado como à consciência dos pesquisadores quanto aos mecanismos de produção de conhecimento através da resolução de problemas socioambientais.
Espero que se leve a sério este momento, porque reconheço nele a possibilidade de aproveitamento da disciplina.

sábado, 14 de maio de 2011

LIVROS VERDES NO EDEA



Nossa Mostra Livros Verdes se realizou e estivemos presentes no 3o. EDEA FURG Encontro de Diálogos em Educação Ambiental, promovido pelo PPGEA/FURG.


Como coordenadora do LAPIS e professora do grupo fiquei muito orgulhosa da parceria dos envolvidos na realização da proposta da mestranda Karine Sanchez que tem tudo a ver com o laboratório.


Participaram da mostra Karine Sanchez, Cinara Karan, Danieli Formentin, Júlia Witt, Dayse Pinto, Aline Menezes, Washington Ferreira, Carolina do Nascimento e Virginia Machado.
Acho que marcamos presença quando tentamos manifestar, através de objetos simbólicos, as relações conceituais que podemos fazer e quais sentidos as coisas do mundo nos inspiram quando tentamos compreender o momento histórico que vivenciamos com a intensidade de educadores ambientais.
Somos intensos. O uso de objetos concretos arranjados daquelas formas, em duas semanas, quiseram falar mais do que as palavras conseguem. Pretendíamos comunicar nossas angústias, dúvidas e convicções, mas sobretudo limitaram nossa fala, deixarando aos nossos interlocutores a possibilidade de tirar suas próprias.

LIVROS VERDES NO EDEA



LIVROS VERDES NO EDEA


LIVROS VERDES NO EDEA





sábado, 30 de abril de 2011

É preciso dedicação

Sobre a identificação do problema é importante dizer que se trata de uma fase fundamental para a continuidade do processo de problematização. Um problema bem identificado vai dar o nível de clareza, profundidade e amplitude que se precisa para uma intervenção feliz.
Não se elabora uma identificação de problema de uma hora pra outra. É preciso tempo e dedicação.

Identificar o problema

Aí pessoal, já temos condições de definir os caminhos da proposta da disciplina. Agora os grupos precisam se decidir sobre o problema que tratarão. Apliquem a Mandala Reflexiva nessa identificação e comecem a refletir sobre.