quinta-feira, 14 de abril de 2011

Prefácio e Capítulo I de Bohm: comentários

Conforme nosso encontro de hoje, de acordo com as questões propostas, postem um comentário.
Lembrando as questões:
a) o que aprendeu de novo e/oudespertou?
b) o que levou a refletir/pensar?

6 comentários:

  1. De acordo com a leitura desta primeira parte observa-se uma crítica ao excesso de informação que acaba dificultando, ou mesmo impedindo a verdadeira comunicação, processo que só é possível através da reciprocidade, do caráter mútuo:informante e receptor.Para se fazer o diálogo é preciso também suspender as roupagens epistemológicas e aguçar um sentido que é tão primário e mesmo assim tão ignorado: o ouvir, e como resultado satisfatório: a possibilidade de ser ouvido. Foi importante a sugestão do autor no que se refere à auto-observação, sobre as sensações internas que sentimos quando ouvimos um assunto que nos intriga, ou que pensamos ter algo a colocar urgentemente. Essa foi realmente a chamada de atenção que prevaleceu nesta primeira parte do texto, pois é o retrato que somos instigados involuntariamente a uma febril defesa de ideais, o que não contribui com o livre-ouvir que é necessário para que o diálogo se faça.
    Karine F. Sanchez

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  2. O que me chamou atenção no capítulo "Sobre a comunicação" do livro Diálogo de David Bohm, foi a percepção de que em plena era da informação, a comunicação entre as pessoas "está se deteriorando em toda a parte, numa escala sem precedentes". É necessário começarmos a dialogar, ouvir uns aos outros, livrar-nos de pressupostos para podermos construir algo novo.

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  3. Tenho pensado que, a capacidade de dialogar está intimamente relacionada com a capacidade de cada um dialogar consigo mesmo. Acredito que, pessoas que exercitam de forma positiva momentos de solidão, de conhecimento, de diálogo, estendem essa compreensão de não julgamento aos seus pares. A medida que conseguimos ter essa conversa íntima, de maneira franca, aberta e sem juízo de valor, percebemos a importância de nos abrirmos a esta experiência com aqueles que convivem conosco, diariamente, os momentos de nossas vidas.

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  4. Rachel de Miranda F. Gomes27 de abril de 2011 às 16:38

    Percebe-se diariamente a falta de tolerância das pessoas em relação à disposição de ouvir aos outros.Segundo citação presente no livro "Uma pessoa é capaz de manter-se longe de tudo aquilo que imagina que pode perturbá-la.O resultado é que ela pode, sutilmente, estar a defender suas idéias, enquanto supõe que ouve o que os outros têm a dizer". Ouvir o que os outros tem a dizer não é apenas uma questão humanista, mas também uma questão de inteligência,pois mesmo que acharmos que mais nada temos a aprender sobre determinado assunto(coisa muito improvável, pois conhecimento nunca é demais) sempre há algo novo a ser aprendido, por mais simples ou complexo que seja.Devemos exercitar a capacidade de audição.Neste mundo tão "dinâmico" e "moderno" o diálogo é a peça chave para a resolução de alguns dos inúmeros problemas mundanos.

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  5. Olha aí, gente fazendo a lição de casa. Legal! A grande sacada talvez seja a de que a provocação do autor é para se ir pra casa pensando sobre o assunto. E continuar pensando na cama, na casa, na fazenda e aos poucos ir tentando fazer mudanças e transformações no nosso próprio modo de ser. Precisamos perceber que na maioria das vezes o problema na comunicação pode ser nosso. E como é difícil admitir isto, não é mesmo?

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  6. Que sabemos então sobre o diálogo? A primeira leitura que fiz do prefácio e primeiro capítulo me colocaram a pensar sobre a real possibilidade da prática sugerida pelo autor. Seremos nós realmente capazes de dialogar neste nível? Somos seres humanos de vícios e virtudes, qual a fórmula mágica para deixar em suspensão essa racionalidade julgadora que nos constitui? Não consigo visualizar claramente a funcionalidade deste diálogo. Parece-me uma nova utopia. Percebo em nossas aulas, realizadas em círculos e tão abertas a intervenções que mesmo aquele ditos mais empenhados no diálogo são feitos de pura contradição. Carrego comigo a imaginação que me coloca em uma suposta roda de diálogo e penso que não sei se sobreviveria a frustração da qual o autor fala. O movimento circular do diálogo deve compreender as tentativas frustradas para então sair em busca de um pensamento coletivo. Entretanto, enxergo-me como produto desta sociedade das sinapses a velocidade da luz e penso que provavelmente não conseguiria me permitir fazer parte desta experiência. Não por minhas arraigadas convicções, mas pela falta de paciência que acompanha longos processos. Enfim, esta sou eu.
    Sobre a escrita, achei interessante a fácil leitura das ideias de um físico. Esperava complexidade. Acostumada aos escritos das ciências sociais, vi na obra de David Bohm uma agradável leitura. Independentemente das reflexões que me provocava, a leitura fluía fácil, os olhos não pesavam e a vontade de permanecer lendo acompanhava-me quase como um romance. Por vezes algumas sucessivas retomadas me inquietaram um pouco, minha memória e entendimento acompanhavam a leitura, logo, não senti tanta necessidade de retomada de ideias. Mas, de uma forma geral, é uma leitura instigante. Tentei em vários momentos visualizar as práticas de diálogo e senti vontade de ler algo produzido a partir do resultado das reflexões de um grande grupo. Enfim, estes são o prefácio e primeiro capítulo, pela minha ótica.
    Por Giovana Consorte.

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